23/11/2011

[RESENHA] Break Blade


Break Blade é uma série de filmes produzidos pela parceria entre os estúdios Xebec e Production IG. Teve um total de 6 partes cada uma com duração de 52 minutos e foram exibidos nos cinemas japoneses entre 2010 e 2011.




A história se desenrola num mundo onde dois territórios estão em guerra. Um lutando pela reivindicação do território, outro lutando para se manter firme. Neste mundo há um diferencial: todas as pessoas são capazes de controlar o quartzo, e quem tem essa habilidade é chamado de “mago”. Onde essa habilidade se torna uma coisa corriqueira, sendo os que não possuem tal habilidade, aí sim, serem tratados com desprezo. Um desses não-magos, Rygart, resolve sair de sua casa após a morte de seu pai e ir para a capital do seu reino. Lá ele encontra antigos amigos com quem conviveu na época de escola, Hodr, o novo imperador e sua esposa, Sygm. Hodr pede a ajuda de Rygart para proteger o reino, usando a tecnologia existente na época, os Golens, robôs gigantes feitos de quartzo para lutarem na guerra. Porém Rygart é um não-mago e não consegue pilotar tais armas. Mas (sempre uma “mas”) em uma de suas descobertas nas ruínas antigas do reino, Sygm descobre uma armadura da época dos povos antigos. Armadura essa que só pode ser pilotada por um não-mago.



Esse é plot básico da série, que no decorrer de seu enrolar nos será apresentado há muitos personagens clichês, e a outro colega de Rygar, Hodr e Sygm: Zess. Porém, Zess agora luta ao lado de seu povo para conquistar o território de Hodr. Percebos na série a relação de Rygart e Zess, que seria bem próxima a que vemos entre Naruto e Sasuke, um querendo fazer o outro mudar de idéia e mesmo não querendo, ambos, uma hora ou outra terão de acabar se enfrentando no campo de batalha.



A originalidade da história não são dos melhores. Sempre com a mesma base das histórias que utilizam os mechas: países em guerra e os robôs sendo usados como a mais alta tecnologia. Mas em Break Blade, esse parte é deixada um pouco de lado e somos apresentados mais ao lado psicológico dos personagens, principalmente o relacionamento de Rygart e Zess (calma, eles não são namorados, nem nada do tipo, é apenas  a questão ideológica de quem está do lado certo da guerra, e qual o verdadeiro motivo da batalha).



Temos um desenvolvimento não muito profundo dos personagens, já que a série é bem curta para mostrar este potencial mas mesmo assim conseguimos criar certa simpatia por um personagem ou outro. É como eu disse no começo, os personagens são muito clichês, então acho que os produtores nem se importaram muito de desenvolver suas personalidades já que fica claro como realmente cada um é.



Virando para o lado técnico, não temos do que reclamar já que o Production IG foi um dos co-produtores da série. As animações ficaram incríveis, cenários belíssimos, quase que reais. O design dos personagens também é de muito agrado, só achei a animação teve horas que ficou com o Xebec, pois tinha “q” do estúdio sabe? Pra quem já assistiu séries do estúdio como Love Hina, Pandora Hearts deve entender o que eu estou falando.



A trilha sonora não podia ser mais épica. A baertura é incirvel, imagino ouvir aquela musica numa sala de cinema. Dá pra arrepiar o corpo inteiro tranquilamente, digno de um Gundam 00 da vida de tão épica que é. Sério. O encerramento ficou com a banda Faylan, a mesma que canta as aberturas do anime Seikon no Qwaser, o que deu um tom mais rock a série, principalmente pelos episódios acabarem em momentos de clímax.



Pra quem gosta de histórias com robôs, mas sem tanto foco nos robôs, Break Blade é algo diferente e bom para ser visto. Animação de qualidade, musicas boas, até mesmo seus personagens clichês. Uma obra assim não deve passar despercebida para os fãs do gênero. Vale muito a pena ver mesmo, fica a dica. =)



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