11/07/2012

[RESENHA] Chobits



Chobits é mais uma das histórias criadas pelo CLAMP (preciso mesmo de definição?) e seu anime foi ao ar no ano de 2002 produzido pelo estúdioMadhouse. Como eu não conheço o mangá, ficaremos apenas com o anime aqui. Nem me atreverei a comentar qualquer coisa da obra original.



Hideki é um cara que mora no interior e que vai prestar vestibular pela primeira vez mas que não consegue passar. Ele resolve então partir para cidade para poder fazer um cursinho pré-vestibular a fim de se preparar melhor. Mas na cidade ele acaba encontrando um mundo totalmente novo do que estava acostumado. Na época em que ele vive existem computadores tão avançados que acabaram ganhando forma humana. São os chamados Persocon, existindo nos mais variados modelos e tamanhos. O problema é que eles são muito caros e Hideki é um pobretão. Quando ele estava a caminho do condomínio onde iria morar ele por acaso encontra um persocon, em formato de mulher, em um amontoado de lixo e resolve leva-lo para casa (safadchenho). Ele tenta de todas as formas fazer o persocon funcionar mas até ele achar o botão de ligar... mas ele acha. O problema é que depois que ele liga, o persocon simplesmente não faz nada, sendo que ele fica repetindo apenas uma palavra “chi”. Eis então que o espertão resolve colocar o nome de Chii no persocon. A partir daí, Hideki viria a ensinar as coisas do mundo a sua persocon, ao mesmo tempo em que tenta estudar para o vestibular e trabalhar.


O anime tem um inicio tranquilo, leve, mostrando o fato de Hideki, pobretão e ignorante em tecnologia tentando lidar com uma máquina super avançada. Na relação entre ele e Chii, podemos destacar a inocência de Hideki quando Chii sem querer deixa cair a parte de cima da roupa, mexe nas revistas +18 de Hideki, e ele lidando com a máquina como se ela fosse mesmo uma pessoa de verdade, uma menina.


Durante o desenvolvimento da história outros personagens interessantes e outros nem tanto vão aparecendo, sempre estando envolvido algum persocon. Nesta história, vemos que os dramas dos personagens sempre tem alguma relação com seus persocons, ou o persocon de alguém próximo. Neste ponto, é legal ressaltar o quanto isto é importante para a série, pois é dessa forma, vendo o relacionamento de seus amigos com seus persocns, que Hideki aprende um pouco mais sobre como deve lhe dar com Chii, já que como os persocons tem forma humana, muitas vezes eles acabam sendo bonito, o que pode ser um grande problema para algumas pessoas. 


Muitas pessoas consideram a série uma comédia romântica. Eu, como autor desta resenha, não a considero, pois a medida que vamos assistindo-a percebemos a grande carga dramática que existe em alguns “arcos” do anime. Drama mesmo, de trabalhar com o lado psicológico dos personagens, sempre nessa questão do limite entre a máquina (persocon) e o ser humano.


Acho que o CLAMP quis mostrar isso ao colocar o computador com uma forma humana: até onde vão os relacionamentos homem-maquina? O que é considerado exagero? A maquina foi criada para ser melhor que o homem? São questões mesmo que são jogadas na cara do telespectador para fazê-lo pensar um pouco. Talvez seja por isso que não me agradou o final que o anime teve. Vou procurar ler o mangá original, quem sabe o final tenha sido melhor, pelo menos para mim. Pra quem conhece a série fica aberto o espaço para uma provável discussão nos comentários deste post.


De resto temos tudo muito harmonioso: animação, trilha sonora, esta ultima nem tanto pelo temas de abertura ou encerramento, mas pelo conjunto mesmo da série. Aposto que o CLAMP sempre coloca um dedo nesse quesito pois tem um “quê” delas, sabe? Me lembrei muito de xxxHolic, quando tocava aquelas musiquinhas fundo da cenas.


Agora depois que assisti a série, até mesmo enquanto a assistia, ficava olhando para o meu computador e imaginando como seria trata-lo como se fosse um humano, dando lhe um nome, roupas, manutenção de uma maneira geral. A Yuuko mesmo uma vez disse ao Watanuki que as “coisas” ganham forçam quando possuem um nome. Fico imaginando também se daqui a uns 30, 50 anos não existiram computadores com forma humano, porque do jeito que as coisas estão caminhando, sei não.


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